Findes
Cindes
Sesi
Senai
IEL

Demografia dos estados brasileiros e o COVID-19


por Lucas Araújo, Mayara Bertolani e Nathan Diirr

Na parte inicial do artigo é possível observar a pirâmide etária de cada Unidade da Federação, e ao final é possível verificar a evolução dos casos confirmados de coronavírus por UF, no período de 16 de março até 26 de março. Assim, o leitor pode fazer os exercícios de comparação. Além disso, a Findes/Ideies divulga diariamente um boletim atualizado sobre a evolução dos casos de COVID-19 no mundo, no Brasil e no Espírito Santo, basta acessar em:

 https://findes.com.br/medidascoronavirus/boletinsdoideies/

O mundo vive uma pandemia causada por infecção de um novo vírus do grupo dos coronavírus. O surto se iniciou na cidade de Wuhan na China e teve os quatro primeiros casos identificados em trabalhadores do mercado de pescados e animais silvestres da cidade que deram entrada no hospital com um quadro de um tipo de pneumonia até então desconhecido. No mercado, foram encontrados mais casos dentre os funcionários e as autoridades chinesas fecharam o estabelecimento já em primeiro de janeiro de 2020 em uma tentativa de contenção da doença. Em 23 de janeiro toda a cidade entrou em quarentena [1].

O primeiro caso fora da China foi registrado no dia 13 de janeiro na Tailândia, nos Estados Unidos a doença chegou no dia 21 de janeiro e o primeiro caso na Europa foi registrado na França em 25 de janeiro. O Egito foi o primeiro país africano atingido pela doença em 15 de fevereiro e no dia 26 de fevereiro o Brasil também entrou na lista de países com casos da epidemia. Em 19 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia evidenciando uma preocupação mundial com o espraiamento da COVID-19.

O que é o Covid 19?

O COVID-19 é causado por um vírus do grupo dos coronavírus. Esses são conhecidos da medicina desde a década de 1960 e, em geral, causam doenças leves que se assemelham a um resfriado sendo que boa parte da população mundial já foi infectada por alguma dessas cepas em caráter mais brandos. Contudo, pelo menos dois casos de epidemias anteriores a essa, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) foram causadas por algum tipo de coronavírus. A primeira delas surgiu na China no final de 2002 com 8.000 pessoas contaminadas no mundo causando mais de 800 mortes e não apresenta mais ocorrências desde 2004. Já a MERS foi identificada primeiramente na Arábia Saudita e tem o comportamento bem mais agressivo que a anterior. A doença se caracteriza por uma pneumonia muito aguda e, em boa parte dos casos, leva a complicações renais. A taxa de letalidade[2] deste vírus chegou até a 40% em determinadas regiões.

Ambas as doenças anteriores têm uma taxa de letalidade muito superior que a COVID-19, entretanto, essa nova pandemia traz uma característica própria quando comparada aos outros coronavírus, a transmissão entre pessoas se dá no período de incubação do vírus. Isto é, enquanto as duas epidemias anteriores apenas se disseminavam quando o indivíduo estava enfermo, o COVID-19 leva de 1 a 14 dias para se manifestar e a transmissão é muito comum nesse período[3]. O contágio ocorre tanto por vias aéreas que pode ocorrer por meio de absorção direta do vírus no ar ou por contato de superfícies contaminadas seguido de um contato no nariz, boca ou olhos. Isto justifica a aplicação de métodos de higiene e proteção das possíveis entradas da doença no organismo. Para tanto, o Ministério da Saúde adota os protocolos sugeridos pela OMS como:

  • Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel;
  • Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir com os cotovelos;
  • Evitar aglomerações em qualquer suspeita de doença respiratória;
  • Manter os ambientes bem ventilados; e
  • Não compartilhar objetos pessoais.

Além dos protocolos determinado pela OMS, alguns países também têm adotado medidas de contenção da população e lock down total ou parcial das atividades, como por exemplo, na própria China, na Itália, na Alemanha, no Reino Unido, na Dinamarca, em Portugal, na Arábia Saudita, na Colômbia, na África do Sul, e em outros[4].

Essas medidas tem sido adotadas para perseguir o “achatamento da curva de transmissão” de forma a respeitar a restrição do sistema de saúde local[5]. Conforme os países disponibilizam os dados de transmissão, torna-se possível identificar se as medidas estão surtindo o efeito esperado, bem como é possível identificar um padrão da difusão e risco do vírus dentre as faixas etárias de uma pirâmide demográfica[6].  

Na China, por exemplo, as estimativas da taxa de letalidade é maior para a população de 80 anos ou mais (14,8%). Na Itália, poucos óbitos foram registrados com menos de 50 anos e a população de maior risco está na faixa de 90 anos ou mais (21,1%)[7]. Já nos EUA, a taxa de letalidade aparece entre as pessoas com mais de 85 anos (entre 10% e 27%)[8]. Para o Brasil, o Ministério da Saúde não divulga dados desagregados por faixa etária referente às transmissões, no entanto das 34 mortes registradas até o dia 23/03/2020, 91,2% eram pessoas acima de 60 anos[9].

Além das pesquisas médicas relacionadas ao ataque do vírus ao sistema imunológico, a análise sistemática de dados integrada com as ciências que estudam o comportamento humano podem nos ajudar a explicar como é o caminho percorrido pelo vírus até a população mais idosa, na qual concentra a maior taxa de letalidade. Esses estudos são necessários para proceder maior agilidade na tomada de decisão de políticas públicas com a finalidade de desacelerar a intensidade como ocorre a transmissão do vírus.

Como os casos de coronavírus estão distribuído na Europa?

O processo de transição demográfica na Europa tem se tornado cada vez mais intenso nos últimos anos. Com a melhoria das condições de vida e o aumento da urbanização, houve uma queda da taxa de mortalidade e natalidade, provocando alterações gradativas no perfil etário da população. A consequência imediata é a formação de uma estrutura etária em que comporte um número maior de idosos atrelado a um número menor de nascidos e, devido à transição demográfica, um maior número da população entre 25 a 49 anos. O gráfico 1 apresenta a atual estrutura etária da Europa.

Na Europa, a população com mais de 60 anos representa 25,3% da população total, um número muito superior ao registrado no resto do mundo. Na América Latina, por exemplo, essa faixa etária representa 12,6% do total da população. Nos Estados Unidos, a população acima de 60 anos representa 22,4% do total da população. Para o Brasil, essa mesma comparação representa 14,1%[10]. Esse grupo, segundo demonstrou os estudos para o caso europeu, Itália, China e Estados Unidos, está concentrada a maior incidência para taxa de letalidade.

Contudo, a maior taxa de transmissão do vírus não está concentrada na população acima de 60 anos. Segundo os dados coletados da Europen Centre for Disease Prevention and Control, entende-se que a transmissão concentra-se na faixa etária dos 25 a 49 anos[11]. A explicação pode ser oriunda do comportamento humano dessas pessoas, que representa, grosso modo, a população economicamente ativa (PIA). Ou seja, são as pessoas que estudam e trabalham em uma sociedade e, sendo assim, estão em maior circulação[12]. Essas hipóteses estão sendo comprovadas pela professora de biologia matemática da Universidade de Cambridge, Julia Gog[13], com diversas contribuições, dentre elas da professora de modelagem de doenças infecciosas, Petra Klepac, que resumiu:

“O projeto coletou informações sobre como pessoas de diferentes idades interagem entre si em diferentes contextos (casa, trabalho, escola e outros) de mais de 35.000 voluntários. Recentemente, monitoramos rapidamente a liberação de dados de contato para ajudar a informar os esforços de modelagem do Covid-19 do Reino Unido e as possíveis estratégias de intervenção. O que descobrimos nesses dados é que adultos entre 20 e 50 anos fazem a maioria de seus contatos nos locais de trabalho. Se aqueles de nós que puderem trabalhar remotamente começarem a fazê-lo agora, isso contribuirá para reduzir a transmissão geral na população. Outra descoberta importante é que as pessoas com mais de 65 anos – que estão particularmente em risco de doença grave do Covid-19 – fazem mais da metade de seus contatos em outros ambientes (não em casa, escola ou trabalho), como lojas, restaurantes e centros de lazer […].”  Petra Klepac é professora assistente de modelagem de doenças infecciosas na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. (Tradução livre). [14] (Grifos nossos ou acrescidos)

Para o caso europeu, a população entre 25 a 49 anos representa 34,3% da população total. Para a América Latina, essa faixa etária concentra 36,1% da população. Os Estados Unidos concentra 32,8% e o Brasil com 38,1% da população. Dessa forma, há duas faixas etárias que merecem atenção dos governos: a faixa etária com maior potencial de transmissão (entre 25 e 49 anos) e a faixa etária de maior risco de letalidade (acima de 60 anos).

Como podemos analisar esses dados para o Brasil?

No Brasil, a população com maior potencial de transmissão é de 80,5 milhões de pessoas sendo que 33,8 milhões deles estavam na região Sudeste. As regiões de maior concentração populacional nessa faixa são o Centro-oeste com 39,6% da população e na região Sudeste com 38,3%. Quanto aos estados, o Distrito Federal (41,8% da população), Roraima (40,4% da população) e Goiás (39,7% da população) registram a maior concentração dessa faixa etária.

O Brasil possui um total de 29,9 milhões de pessoas na faixa considerada de maior risco de letalidade, em maior proporção da população na região Sul, com 16,6% da população nessa faixa etária e na região Sudeste, com 16,1% da população nessa faixa etária. E os estados com maior concentração são: Rio Grande do Sul (18,2% da população), o Rio de Janeiro (16,8% da população) e o  estado de Minas Gerais (16,2% da população).

O Espírito Santo, objeto alvo das análises socieconômicos do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies),  possui um total de 4,1 milhões de pessoas, com uma natural concentração na faixa etária com maior potencial de transmissão (38,3% ou 1,6 milhão de pessoas), conforme processo de transição demográfica vivenciado em todo o ocidente. Já a população na faixa etária de maior risco de letalidade representa 14,5% da população (587,2 mil pessoas).

Para a distribuição das faixas populacionais das cidades brasileiras, pode-se utilizar os dados fornecidos pelo datasus para 2015[15]. Nessa perspectiva, nota-se que a capital com maior proporção da população na faixa de 25 a 49 anos era Salvador (43,2%), seguida de Brasília (41,8%) e São Luís (41,6%). Das 27 capitais estaduais, 14 apresentava uma população de pelo menos 40% nessa faixa etária.

Dentre as capitais com a menor proporção, estão Macapá (36,5%), Rio de Janeiro (37,1%) e Porto Alegre (37,7%). Já a cidade de Vitória detinha uma taxa de 39,5% (Vide Apêndice).

Quanto à população na faixa de grupo de risco, Porto Alegre com uma taxa de 17,3% apresentava o maior valor, seguida por Rio de Janeiro (16,7%) e Belo Horizonte (14,2%).

Treze capitais mantinham uma taxa menor que 10% do grupo de risco sendo que as menores eram Palmas (4,1%), Boa Vista (5,3%) e Macapá (5,4%). A cidade de Vitória estava em quarto no que se refere à população em idade de risco com uma participação de 13,8% no seu total.

Outro exercício para entender a estrutura demográfica dos municípios brasileiros e as ameaças pertinentes da COVID-19 se dá pela divisão das cidades pelo tamanho de suas populações. Esses dados podem ser vistos na tabela 1 com base nos dados do Datasus.

Os municípios de menor porte, até 5 mil habitantes, tinham a maior proporção da população no grupo de risco. Ademais, essas cidades pequenas também tendem a ter um serviço de saúde mais debilitado, dado, por entre outras coisas, a própria escala de demanda por serviços de saúde. Para aprofundar um pouco mais essa questão, nota-se que das 286 cidades em que a população de risco representava mais de 20% do total 203 (71,0%) tinham até 5 mil habitantes e 92,3% tinham até 10.000 habitantes. Apesar dessa constatação acender um farol para que se tenha um  cuidado com o espraiamento da doença no território brasileiro buscando dificultar a chegada em comunidades do interior,  vale ressaltar que essas cidades apresentam menor densidade populacional e menores ocasiões de aglomerações populacionais como, por exemplo, a superlotação de transporte público – o que diminui, em muito, a propagação do vírus.

E como está o avanço do COVID-19 nos diferentes estados brasileiros?

Dado o cenário demográfico brasileiro esboçado acima, o artigo apresenta como está o avanço do COVID-19 pelo Brasil. Segundo os dados do Ministério da Saúde são 2.924 casos confirmados da doença até o dia 26 de março, um acréscimo de 491 casos em relação ao dia anterior. Os dados apontam para 126 casos do Norte; 457 no Nordeste; 1.674 no Sudeste; 275 no Centro-Oeste; e 392 no Sul. O estado com o maior número de casos é São Paulo, com 1.052 confirmações, seguido do Rio de Janeiro (421), Ceará (235), Distrito Federal (200) e Minas Gerais (153). Para informações atualizadas diariamente acessar: https://findes.com.br/medidascoronavirus/boletinsdoideies/.

Todos os estados brasileiros contam com casos de coronavírus, porém nem todas as regiões apresentam o mesmo nível de transmissão. A região Sudeste representa o maior percentual dos casos (57,3%), enquanto a Norte tem 4,3% do total de casos nacionais. Até o momento são 77 mortes decorrentes no COVID-19 no Brasil, com uma taxa de letalidade de 2,6%. Os óbitos estão concentrados em São Paulo (58), Rio de Janeiro (9), Pernambuco (3), Ceará (3), Rio Grande do Sul (1), Goiás (1), Santa Catarina (1) e Amazonas (1). O Distrito Federal possui a maior incidência de casos, com 6,64 casos confirmados por 100 mil habitantes, seguido do Acre (2,72).

Como apresentado, a pandemia gerada pelo novo Coronavírus traz novos desafios para o mundo em relação à vida em comunidade. Em pouco tempo, o dia a dia de grande parte da população mundial teve que ser mudado com o intuito de frear a disseminação de uma doença em uma velocidade nunca vista. Atualmente, estamos em uma sociedade que atingiu um fluxo de pessoas e mercadorias muito elevado e fenômenos de pandemia, como esse, tenderão a ocorrer com mais frequência. Assim, caberá a nós nos prepararmos para que consigamos passar por situações semelhantes no futuro de forma mais branda.

O economista Paes de Barros, por exemplo, em entrevista no Valor Econômico (20/03/2020)[16] foi enfático em dizer que precisamos promover mudanças nas nossas relações de trabalho que induzam a um descongestionamento de trânsito e de pessoas em locais e horários específicos. Essas medidas estariam em consonância para gerar uma melhor qualidade de vida para a população e levar a uma melhoria de questões sanitárias tão evidentes em momentos como esse de epidemia.

Nessa linha, entender, ainda que brevemente, a estrutura demográfica do país, dos estados, e de seus municípios é crucial para definição de estratégias mais eficientes de distanciamento social, com o intuito de proteger aquelas regiões com estrutura etária mais vulnerável às consequências da epidemia.

[1] As autoridades chinesas anunciaram que a cidade de Wuhan voltará, paulatinamente, às suas atividades normais a partir dessa segunda, 23 de março de 2020, exatamente dois meses após o início da quarentena.

[2] É interessante fazer uma distinção dos conceitos de taxa de mortalidade e taxa de letalidade. O primeiro se refere a uma medida demográfica e traz em seu numerador o número de mortes em uma determinada faixa de idade e em seu denominador a população total da mesma faixa de idade, como exemplos tem-se a população total, a população com mais de 80 anos ou a população infantil (mortalidade infantil). Já o segundo, taxa de letalidade é uma medida epidemiológica e traz em seu numerador o número de mortes em uma faixa de idade e no denominador o número total de casos que ainda pode ser classificado pela idade das ocorrências.

[3] Com base em informações da OMS fornecidas pela FIOCRUZ: https://portal.fiocruz.br/pergunta/qual-e-o-tempo-de-incubacao-do-novo-coronavirus.

[4] Alguns dos países que adotaram medidas de impedimento da circulação de pessoas e mercadorias ou lock down, podem ser visto na reportagem: https://www.businessinsider.com/countries-on-lockdown-coronavirus-italy-2020-3.

[5] Para maior entendimento da necessidade do processo de achatamento da curva de transmissão, pode-se consultar o artigo científico do Imperial College COVID-19 Response Team que contribuiu para que o governo da Grã-Bretanha adotar suas medidas de contenção do vírus: https://www.imperial.ac.uk/media/imperial-college/medicine/sph/ide/gida-fellowships/Imperial-College-COVID19-NPI-modelling-16-03-2020.pdf.

[6] Vale salientar que o objetivo deste artigo, como será melhor compreendido a frente, é analisar a distribuição demográfica por idade no Brasil, nos estados e nas capitais, vis a vis a distribuição demográfica da Europa. E não há a pretensão de fazer uma comparação das medidas e efeitos do distanciamento social nos diferentes países.

[7] De acordo com o estudo: Demographic science aids in understanding the spread and fatality rates of COVID-19 da Universidade de Oxford.

[8] De acordo com o estudo: Severe Outcomes Among Patients with Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) — United States, February 12–March 16, 2020 do Centers for Disease Control and Prevention.

[9] Disponível em: <https://www.agazeta.com.br/es/gv/dos-25-mortos-por-coronavirus-no-brasil-24-eram-idosos-0320>.

[10] Os dados de pirâmide etária mundial são oriundos da compilação do instituto Population Pyramid. Para o Brasil, os dados foram coletados no IBGE.

[11] Essa informação foi retirada da página da da Europen Centre for Disease Prevention and Control para os casos de Covid-19 na Europa: https://qap.ecdc.europa.eu/public/extensions/COVID-19/COVID-19.html.

[12] A experiência desta pandemia indica que o distanciamento social de todas as faixas etárias, não somente os de grupo de risco, ou o teste em massa da população, aparentam ser os mecanismos eficientes para o achatamento da curva epidêmica. No entanto, essas medidas devem ser pensadas em curto e médio prazo e de forma planejada, ou seja, também é preciso pensar no retorno gradual da circulação de pessoas para que haja previsibilidade quanto ao retorno das atividades essenciais numa sociedade. Um bom exemplo disto, é o plano estratégico do Governo de Santa Catarina para a retomada das atividades econômicas, vide em: https://www.sc.gov.br/images/Governo_do_Estado_de_Santa_Catarina_-_CoronaVirus_reduzido2.pdf

[13] No link https://www.maths.cam.ac.uk/features/fighting-future-pandemics a professora Julia Gog explica o andamento desse projeto.

[14] Citação retirada de: https://www.theguardian.com/commentisfree/2020/mar/17/scientists-age-groups-covid-19-workplaces-shops-restaurants.

[15] Cabe ressaltar que os dados fornecidos pelo Datasus para 2015 não correspondem e nem deveriam corresponder aos dados do IBGE para 2020. Isso se dá pelo fato de que a população brasileira vive um processo de transição demográfica no qual a estrutura etária sofre modificações consideráveis em um período de 5 anos. Todavia, a estimativa do Datasus é a mais recente a nível municipal no Brasil.

[16] https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/03/20/estavamos-trabalhando-errado-diz-paes-de-barros.ghtml

APÊNDICE - Faixa etária de risco das capitais do Brasil

Capital UF População 2019 Soma idosos Faixa etária de risco
Porto Velho Rondônia 529.544 31.532 5,95%
Rio Branco Acre 407.319 27.528 6,76%
Manaus Amazonas 2.182.763 137.572 6,30%
Boa Vista Roraima 399.213 21.377 5,35%
Belém Pará 1.492.745 156.137 10,46%
Macapá Macapá 503.327 27.307 5,43%
Palmas Tocantins 299.127 13.733 4,59%
São Luís Maranhão 1.101.884 87.506 7,94%
Teresina Piauí 864.845 74.851 8,65%
Fortaleza Ceará 2.669.342 265.465 9,94%
Natal Rio Grande do Norte 884.122 96.489 10,91%
João Pessoa Paraíba 809.015 82.507 10,20%
Recife Pernambuco 1.645.727 204.195 12,41%
Maceió Alagoas 1.018.948 92.882 9,12%
Aracaju Sergipe 657.013 62.148 9,46%
Salvador Bahia 2.872.347 293.657 10,22%
Belo Horizonte Minas Gerais 2.512.070 356.869 14,21%
Vitória Espírito Santo 362.097 49.953 13,80%
Rio de Janeiro Rio de Janeiro 6.718.903 1.119.353 16,66%
São Paulo São Paulo 12.252.023 1.658.827 13,54%
Curitiba Paraná 1.933.105 253.073 13,09%
Florianópolis Santa Catarina 500.973 68.358 13,64%
Porto Alegre Rio Grande do Sul 1.483.771 256.361 17,28%
Campo Grande Mato Grosso do Sul 895.982 98.964 11,05%
Cuiabá Mato Grosso 612.547 58.994 9,63%
Goiânia Goiás 1.516.113 162.615 10,73%
Brasília Distrito Federal 3.015.268 283.341 9,40%

Fonte: Datasus.
Elaboração: Findes/Ideies

Lucas Araújo, Mayara Bertolani e Nathan Diirr são Analistas de Estudos e Pesquisas do Ideies.

Os conteúdos e as opiniões aqui publicados são de inteira responsabilidade dos seus autores. O Sistema FINDES (IDEIES, SESI, SENAI, CINDES e IEL) não se responsabiliza por esses conteúdos e opiniões, nem por quaisquer ações que advenham dos mesmos.

Seja o primeiro a comentar no "Demografia dos estados brasileiros e o COVID-19"

Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.


*